quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

2 anjinhos na terra ...



2 criancas que estarao sempre em minha vida e meu coracao. Confesso que as vezes me divirto mais do que eles proprios com nossas brincadeiras. Apesar de aprontarmos muito, sao 2 anjinhos na terra, com sua pureza, bondade e carinho. Detalhe da foto da sarinha e sua bonequinha japonesa que dei de presente, batizada de toshiba. E detalhe para foto do yanzinho no dia do seu aniversario com tema do Ben10. Muito bonito o carinho dos 2 irmaos, sempre incentivado pela familia ... Jamais deixem de cultivar isto. Metralhadora de beijos em todos !!!

Vida Simples, Vida Intensa







Fotos do primeiro slackline realizado nas ilhas tijucas.

"Apreciamos o silencio. Nos energizamos praticando esportes em contato com a natureza, onde a recompensa nao envolve audiencia ou premios, a nao ser o prazer de uma conquista pessoal. Os riscos requerem a alma e sao um convite a reflexao. Eles nos levam para mais proximos do mundo natural e de nosso eu interior".

Homenagem a Bintang

"Live Roots, Love Roots
Eh verao e a energia muda. Transforma. Em busca de nossas verdadeiras raizes, encontramos a simplicidade da vida na natureza e nas diferentes culturas espalhadas pelo mundo. O mar, o vento e as montanhas sao nossas eternas fontes de inspiracao. A paixao pelos esportes que praticamos, a musica e as amizades que cultivamos alimentam a nossa alma e nos fazem compreender melhor o valor das coisas simples e a arte de viver. Sera que precisamos mesmo de mais do que isso ?" Equipe bintang.

Nunca gostei de frequentar lojas ou shoppings. Acho que tem uma energia ruim, a energia do consumo e da vaidade as vezes exagerada, especialmente no final de ano. Prefiro estar com o pe na areia.

Entretanto, nesta semana, conheci um espaco bem diferente (nao poderia atrever chamar de loja), chamado de Bintang. Fica na joatinga, de frente para a Pedra da Gavea. Funciona com um atalie do artista Be Sadala, conhecido pelas suas lindas pinturas relacionadas a temas da natureza, como Surf, kite, montanha. Do atelie, suas pinturas viram estampas e ideias para bermudas e camisetas muita diferenciadas.

No mesmo local que expunham as pecas, se misturava uma ambiente com muito verde, kites, pinturas, pranchas e um cachorrinho muito especial. Pedi ao artista Be que pintasse um quadro com a Pedra da Gavea, parapentes e Kite. Pretendo tatuar as costas com esta "arte".

Bintang significa estrela em balines. Parabens ao Andre, ao Be e ao Poli.

Voo Duplo de Fim de Ano

O amigo ai da foto eh o Fabio Vidal. Trabalhamos juntos na Brasil Telecom e curtimos bastante a natureza e arredores de Brasilia, incluindo um rappel no buraco das araras. Nos conhecemos numa situacao peculiar atraves de uma carona de Brasilia para Rio de Janeiro. 12 horas de viagem no meu carro. O farol nao estava dos melhores, alguns pneus furados e so tinhamos 2 fitas para escutarmos: barao vermelho e Yothu Yindi. Viagem longa e cansativa, mas a prosa foi boa. Ja tinha prometido este voo para ele ha algum tempo, e finalmente depois de alguns anos, realizamos. No inicio, ele estava bastante "preocupado", e nao queria nem tirar fotos. Mas depois relaxou e curtiu o visual e silencio daquelo momento especial. Valeu Fabiao !! Que em 2010 vc possa voar ainda mais alto !



terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O sorriso das arvores


Quem disse que arvore nao sorri esta profundamente enganado. Em outro dia, em um momento mais introspectivo, olhei uma sequencia de arvores que balancavam no vento. Seu gingado parecia construir movimentos perfeitamente ensaiados que se repetiam como o refrao de uma musica. Olhei de novo, e percebi o seu sorriso estampado naquele dia. A natureza eh mesmo perfeito, o grande Jardineiro revela seus sinais nas coisas mais simples. Desde ai, comecei a buscar o sorriso das arvores. As arvores sorriem, basta saber olhar.

Saudade do Apolo ... o gato meio cachorro


Esse gatinho ai da foto eh o apolo, que no inicio foi batizado com nome feminino (esqueci o nome) ate descobrirmos que era macho. Encontramos o gato, eu e Thalita, na esquina da casa dos seus pais, numa noite de chuva, em um cruzamento, onde ele estava quase sendo atropelado.
Sem hesitarmos, pegamos o gatinho ainda bem pequeno (cabia na palma da mao) e levamos o "presente" para seus pais. No inicio, a surpresa e a duvida do que fariam com ele ... Mas em poucos minutos, o gatinho conquistou o coracao de todos. Demos leite, e em seguida, apolo ensaiou algumas "acrobacias" na cadeira da sala ... Brincamos que ele era um provavel fugitivo do Cirque de Soleil. Apolo nunca precisou de coleira, foi criado no quintal e de vez em quando dava suas fugidas para a rua, mas sempre voltava. Sempre carinhoso, o apolo tinha habito de pedir carinho para as pessoas. Dizem que os cachorros nos ensinam a ser amados e, que atraves dos gatos aprendemos a amar sem ser amados. Mas este gatinho ai era diferente, ensinou a amar e ser amado. Depois de pouco mais de 1 ano de convivio, apolo saiu e nao mais voltou. Nunca sabemos o que aconteceu de fato. Mas Thalita me disse que encontraram filhotes de gatinhos proximos ao quintal de sua casa. Talvez sejam os filhotinhos de Apolo. Que assim seja.

Mais esperanca no Natal - parte 2

Dessa vez, o papai noel ai da foto eh o amigo hernani. Noite de 25 de dezembro, eu, Hernani e sua esposa, Cris, saimos pelo centro do Rio para distribuir o restante dos brinquedos. Encontramos 2 grupos grandes de criancas na Rio Branco e Presidente Vargas. Destaque para as criancas em circulo, que abracaram o bom velhinho. E para o Hernani, papai noel, meio se jeito mas com um coracao enorme.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Um pouco de esperanca no natal ...



O papai noel nao esta dos melhores, mas mais importante do que distribuir brinquedos foi distribuir um pouco de esperanca para gente que nunca esperou o bom velhinho na noite do dia 24 ... Obrigado pela ajuda Fabiao !

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Salve Herbet Vianna, que o amor sobreviva !!


Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas,mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração?

Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu.

Hoje, Deus é a auto-imagem. Religião é dieta.
Fé, só na estética. Ritual é malhação.

Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo,sentimento é bobagem.
Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção.

Roubar pode, envelhecer não. Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação.
Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?

A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz,não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem. Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa.
Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa. Não importa o outro, o coletivo.

Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada. Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar correr, viver muito, ter uma aparência legal mas …

Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser.

Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude.

Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.

‘ Cuide bem do seu amor, seja ele quem for ‘

Os cavaleiros do apocalipse ... reunidos em uma causa nobre !




Nao poderia deixar de registrar a imagem mais inteligente que vi hoje ...

A Conferência do Clima (COP15) entra em sua segunda e decisiva semana. Até sexta-feira, os quase 200 países que integram a Convenção de Mudanças do Clima da ONU precisam chegar a um acordo de como controlar o aquecimento global e evitar suas piores consequências.

Não chegar a um acordo que seja justo, ambicioso e com força de lei deixa as pessoas mais vulneráveis do planeta ainda mais sensíveis à fome, à guerra, a doenças e à morte - exatamente o que os quatros cavaleiros do Apocalipse levam ao mundo no fim dos tempos. O alerta foi dado hoje, em Copenhague, onde acontece a COP15.

Os cavaleiros do Apocalipse climático passaram pelas ruas da capital dinamarquesa para lembrar aos participantes da COP15 - especialmente os ministros reunidos ali - de que as decisões tomadas nesta semana têm impacto direto na vida das populações que eles representam.

“O fantasma dos quatro cavaleiros assombra os negociadores do clima. Lidar com as mudanças climáticas é pensar na vida e na morte de milhões de pessoas”, afirma Sini Harkki, do Greenpeace Nórdico.

Precisamos nos tornar lago ...


Sabias palavras, mas as vezes esquecemos de exercitar no dia a dia ...

Onde você coloca o sal?
O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
-Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
-Ruim. - disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.
Então o velho disse:
-Beba um pouco dessa água. - Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
-Qual é o gosto?
-Bom! - disse o rapaz.
-Você sente o gosto do sal? - perguntou o Mestre.
-Não. - disse o jovem.
O Mestre, então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
-A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.
Em outras palavras: "É deixar de ser copo para tornar-se um lago".

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

"Mais solitario que um paulistano"


Dia 10 de dezembro, quinta-feira chuvosa. Uma chuva fina que parece um manto permanente que encobre Sao Paulo. Nao importa a estacao, com alguns intervalos de sol, a garoa volta a dominar a capital e honrar o nome que a acolheu ...

Neste dia, acordei antes das 06 da manha, com o despertar do quero-quero. Na vespera, junto com o amigo Souzinha, decidimos dormir na sua casa de praia da jureia, litoral norte, a cerca de 200 km de Sao Paulo. Saimos da capital na quarta a noite. Chegamos 2 horas depois, as 23h, sob insistente chuva, mas que nao foi capaz de tirar nossa vontade de um banho de mar. Batizada de "casa do tarzan", a mesma ficava suspensa no terreno, praticamente junto as arvores.

Muito agradavel, o local era ecologicamente correto, um projeto que utilizava bambus em sua construcao, arejado, sem muitas janelas, e aproveitando o potencial dos ventos e luz natural ... Pretendo me aposentar em um lugar parecido ...

O barulho da chuva se misturava ao cantarolar dos grilos ... Conhecida a casa, colocamos a sunga e partimos para um banho de mar. Pes descalcos na areia molhada, praia deserta, chuva fina ... Pareciamos 2 criancas perdidas em um parque de diversoes abandonado. O sorriso estampava nossa alegria e criava uma cumplicidade mutua de compartilhar aquele momento. Nao era preciso sequer dizer uma palavra, o mar parecia abencoar aquela noite e renovar as energias.

Depois de 1 hora de uma boa prosa com o amigo, resolvi dormir. Dormi como uma crianca ouvindo ao vivo a trilha de "Sons da Natureza". Tinha esquecido o quanto isto eh realmente bom.

No dia seguinte, quinta-feira, acordei ao som dos quero-queros e ouvi o barulho de um insistente passarinho. Um assobio que parecia nao cessar, e logo descobri que vinha da varanda, do lado de fora do quarto. Era o souzinha, de prancha na mao, esperando para o surf matinal. 06 da manha, caminhamos por menos de 5 minutos ate chegar na praia. Deserta, sob fina chuva, e apenas nos 2, escolhendo as ondas.
Cabeca-feita, voltamos para Sao Paulo, sentido praia-trabalho. Voltamos ouvindo o mestre armandinho e cumprimentando as pessoas que cruzavamos. 1,5 hora de atraso muito bem planejado e sabiamente decidido.

O dia passou rapido, produtivo, e nao percebi nenhum sinal das poucas horas de sono.
18:00, ja estava na hora de eu ir a um evento ... Era o lancamento de um programa de responsabilidade social de um parceiro para fomentar a consciencia da familia sobre os perigos da internet, educando os nossos filhos. Um motivo nobre, pensei.
Passei em casa para colocar o terno, ja atrasado. Nao tem jeito, nossa sociedade eh cruel. Eh necessario pendurar uma gravata no pescoco para parecermos importantes e impor respeito. O evento comecaria as 19:00, e na sequencia, tinha convidado os professores da natacao, Paulo, Henrique e Ju, para comermos um peixe em casa por volta das 21:30. A academia iria fechar por uma obra do metro, e resolvi prestigia-los em nome da amizade que tivemos.
O evento estava cheio, muito formal, era uma coletiva de imprensa com a presenca de importantes pessoas do setor. Quase 2 horas de atraso, fomos convidados a entrar no salao principal, apos um teatro muito bem encenado no coquetel.
Fui convidado a compor a mesa, pois representaria a empresa na qual trabalho, ao lado de pessoas importantes como Ziraldo e representantes de outras instituicoes. O evento estava muito bem produzido, e como ja disse, uma causa-social muito nobre de educar e instruir a sociedade. O simbolo do projeto eh o menino maluquinho, figura escolhida para tratar do tema e explicar a familia sobre os reais perigos da internet. Fui convidado a falar, assim como os demais presentes. Tudo muito formal, e muito bem orquestrado. Certamente atendeu o proposito do evento de reunir jornalistas e divulgar o projeto. Criou impacto.
Meu celular comecou a vibrar, mas nao podia atender. Estava na mesa, diante de uma plateia de jornalistas, enquanto do meu lado, o Ziraldo se pronunciava ... Uma cara simpatico, intenso e verdadeiro, que fala com o coracao, o que pra mim, explicou muito do seu sucesso. Mas eu confesso que na minha cabeca, so lembrava do meu compromisso ... No relogio dele pude ver o horario e vi que ja estava perto das 22:00 ... Vi que era o Henrique que estava me ligando ... Tinha combinando de busca-los as 21:30 na saida da natacao. Disfacando, consegui escrever uma mensagem: estou atrasado, evento do trabalho, me esperam ou remarcamos ?
Compreensivos, o Henrique devolveu: trampo em primeiro lugar, relaxa, nao se preocupa, depois remarcamos. Fiquei aliviado, mas confesso que nao fiquei satisfeito. Me senti como num daqueles filmes de Hollywood. Lembrei de uma frase: sucesso eh tudo que vc renuncia para chegar ate onde esta. E percebi concretamente o que estava renunciando. E torci para que o Ziraldo terminasse rapido. Coitado, o cara eh especial, mas eu queria mesmo tirar a gravata, fazer um peixinho na brasa, e jogar conversa fora com os amigos. Dar uma forca para pessoas tao especiais que me ajudaram na recuperacao da minha cirurgia e agora precisavam de meu apoio. Cultivar uma amizade, que confesso, nao foi facil encontrar em Sao Paulo. E pensei em quantas outras coisas tao importantes tb estaria renunciando na minha vida. Fui tomado por uma sensacao ruim e vontade de largar tudo. Lembrei do filme do controle remoto (como eh mesmo o nome?), sera que eu estaria acelerando a minha vida ? Lembrei de outra situacao em que recebi o carinho e amor de uma das pessoas mais especiais da minha vida.
Terminado o evento, peguei o carro para voltar para casa. Me perdi e fui parar em uma iluminada rua, decorada com luzes de natal. Muitas lojas de marcas, nao demorou e percebi que estava na tal da Oscar Freire. Por engano, acabei conhecendo a rua considerada a mais chique da noite de Sao Paulo. Bonita, mas longe do meu destino final (minha casa) e nem de longe se tornaria minha opcao de programa de fim de semana. Prefiro um chinelo de dedo e passear pelo arpoador ou mesmo pela vila madalena.
Mais alguns minutos perdidos, e ja perto da meia noite, resolvi parar em um posto de gasolina para jantar.
Sentei na loja de conveniencia e comi 2 cachorros-quentes, um doritos e um guaraviton. Sim, tinha guaraviton ! Mas isso, nao me fez sentir mais perto do Rio de Janeiro. Pelo contrario, parecia uma imersao em Sao Paulo. Uma cidade que nao dorme. Depois da minha "refeicao", fiquei congelado, como um mero espectador ... Em 10 minutos, entraram mais de 10 pessoas na loja ... Gente que se esbarra, mas nao se olha. Gente com o cabelo bem arrumado, mas que nao diz obrigado.
Lembrei da minha manha abencoada na praia. Que contraste. Lembrei tb do sabio Zeca Baleiro e da letra de sua musica: mais solitario que um paulistano.
Viva o Ziraldo. Mas tambem viva o Souzinha. Viva a jureia. Viva Netuno. E viva a casa do tarzan.

domingo, 8 de novembro de 2009

Método Pilates e Esportes com Prancha






A seguir texto do meu treinador de natação, Paulao, publicado em uma das revistas mais conceituadas do meio ... Muito bom, Paulão !!

http://www.revistapilates.com.br/2009/10/16/metodo-pilates-e-esportes-com-prancha/

"Os exercícios para Pilates são baseados em fortalecimento muscular com alongamento, não é só usado para o condicionamento físico, mas também para reabilitação, podendo tratar uma variação de patologias diversas.
Em estudos recentes, devido ao grande crescimento do esportes com prancha como, surf, skate, kite-surf e wakeboard e etc, o método pode ser utilizado para um aprimoramento do condicionamento físico ou prevenção de lesões, principalmente na coluna lombar.

Na parte de condicionamento físico, o Pilates trabalha diversos grupos musculares simultaneamente através de movimentos suaves e contínuos, enfatizando a concentração e alinhamento postural.

No alinhamento postural, trabalhamos e fortalecemos o nosso core, mais conhecido como powerhouse, formado pelos músculos abdominais, coluna e região pélvica. Com o fortalecimento do core, na hora de realizar qualquer manobra, a postura não fica sobrecarregada, e a coluna tem uma mobilidade maior na execução de manobras desde as básicas como as mais avançadas, com movimentos mais suaves e a pelve mais estabilizada;

Durante os exercícios temos que focar a qualidade e não a quantidade na execução dos movimentos, fazendo com que o aluno/atleta sinta o tônus muscular (trabalho de contração e percepção muscular sem exageros).



O Pilates desenvolve um trabalho de equilíbrio cujo o objetivo é não sobrecarregar a musculatura e, sim, desenvolver um trabalho mais específico para determinadas modalidades esportivas.



Nos esportes com prancha os benefícios que o Método Pilates pode trazer são:
Aumento de coordenação neuromuscular, sendo um trabalho mais funcional e específico para o movimento de esportes com pranchaSurf: fortalecimento da região lombar no momento em que está deitado na prancha realizando a remada;


Surf / Kite- Surf / Skate / Wakeboard: o trabalho de tonificação muscular auxilia e melhora na contração isométrica no momento em que está em pé na prancha e em todas as fases de execução de manobras (parte inicial e parte final do movimento). Assim, suporta uma maior carga nas articulações e coluna cervical e lombar;

Aumento da mobilidade tóraxico – lombar na execução de manobras sem prejudicar a biomecânica dos movimentos;

autor: Paulo Roberto Onorato

Viver a vida ...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Araxá ... lugar mágico !

Lembrança do voozinho de 12 de outubro de 2009. O parapente que aparece voando ao meu lado no vídeo é do piloto e amigo Delton. Depois de 1 hora de vôo praticamente sozinho em direção a cachoeira a 15 km da rampa, tive a felicidade de encontra-lo no finalzinho do voo. Pousamos juntos num fim de tarde espetacular, com a aproximação de um CB, nuvem carregada de desenvolvimento vertical que anuncia chuva e ventos fortes. Enquanto dobrávamos o parapente, recebemos a visita de uma ilustre cadelinha muito dócil batizada de "amanda". A nuvem resolveu banhar o dia, que rapidamente virou noite, com muito água e vento. Andamos rapidamente procurando abrigo, guiados por "Amanda" que nos indicou o melhor caminho até uma pequena casinha. Lá fomos recebidos por uma senhora muito simpática e nos juntamos a outros pilotos: leandro, romero, vini e alexandre até que chegasse o resgate. Um dia especial que vai ficar pra sempre em nossas memórias. Obrigado Deus !










sábado, 19 de setembro de 2009

Mudança de Perspectiva


"Quem está ajudando ? Um amigo tem um problema. Você mostra generosidade, ouvindo e dando apoio ... Quem está fazendo um favor a quem?
Como um exemplo de nossa interligação, o Dalai Lama diz que quando alguém o presenteia com uma oportunidade para exercer alguma das seis perfeições (generosidade, virtude, paciência, esforço, meditação e sabedoria), na verdade, é você quem está recebendo ajuda no caminho para a iluminação.
Lembre-se disso da próxima vez que alguém testar a sua paciência até o limite. Talvez até um adversário possa se tornar seu melhor professor".
(Foto tirada no meu primeiro campeonato de parapente em Governador Valadares. Parapentes enroscando na primeira térmica da rampa esperando o início da prova).

Música pela janela ...

Enquanto lia um jornal, o repórter fotográfico Paulo Pinto percebeu que, na fiação dos postes de luz do lado de fora de sua casa, a posição dos vários pássaros parecia formar uma partitura. Eis sua surpresa, ao mandar para um amigo músico, que conseguiu traduzir a imagem em forma de música.



Isso que é sensibilidade. Impressionante como somente os olhos mais evoluídos conseguem enxergar a experiência do divino na natureza e em pequenas coisas. Nestas horas podemos ter certeza de que existe um grande jardineiro cuidando do nosso jardim.

sábado, 12 de setembro de 2009

Cena típica carioca ... Salve mestre Joel Ferreira !

Benção cidade maravilhosa. Não é a toa que foi eleita a cidade mais alegre do mundo !
Músico joel ferreira, figura típica do arpoador, tocando Tom Jobin no Sax, ao pôr do sol no arpoador.
Pedra da Gávea e morro dois irmãos ao fundo ... Simplesmente demais ! Saudade da terrinha.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

"Permaneçam Famintos. Permaneçam Tolos ..." por Steve Jobs


Não me canso de ler este texto do Steve Jobs, fundador da Apple e na minha opinião, um dos empreendedores mais admiráveis do mundo.

"Sinto-me honrado de estar com vocês hoje na sua formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei. Verdade seja dita, isso é o mais próximo que eu cheguei de uma formatura de faculdade. Hoje eu quero contar pra vocês três histórias da minha vida. É isso. Nada de mais. Apenas três histórias.

A primeira história é sobre ligar os pontos.
Eu abandonei a Universidade Reed depois de 6 meses, mas fiquei por perto por cerca de outros 18 meses antes de eu realmente ir embora. Por que eu saí?Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma universitária jovem e solteira, e ela decidiu me doar. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas formadas, então tudo foi arranjado para que eu fosse adotado assim que eu nascesse por um advogado e sua esposa. Só que na hora que eu apareci eles decidiram no último minuto que eles queriam mesmo era uma menina. Então meus pais, que eram os próximos da lista de espera, receberam um telefonema no meio da noite perguntando: “Nós temos um menino, vocês o querem?” Eles disseram: “Claro”. Minha mãe biológica descobriu mais tarde que minha mãe nunca se formou e que meu pai sequer completou o Ensino Médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só cedeu alguns meses mais tarde quando meus pais prometeram que um dia eu iria para a universidade. E 17 anos depois, eu fui. Mas ingenuamente eu escolhi uma universidade que era tão cara quanto Stanford, e todas as economias dos meus pais de classe média estavam sendo gastas na minha formação. Depois de seis meses, eu não conseguia ver valor naquilo. Eu não tinha a mínima idéia do que eu queria fazer da minha vida e menos ainda de como a faculdade iria me ajudar a descobrir. E aqui estava eu gastando todo o dinheiro que meus pais economizaram a vida toda. Então eu decidi sair e confiar que tudo daria certo. Na época foi bem assustador, mas olhando agora eu vejo que foi uma das melhores decisões que eu já fiz. No minuto que eu saí eu pude parar de ir às aulas que não me interessavam, e começar a freqüentar aquelas que pareciam interessantes.
Não foi tudo um mar de rosas. Eu não tinha dormitório, então eu dormia no chão do quarto dos meus amigos, eu devolvia garrafas de coca por cinco centavos para comprar comida, e eu caminhava mais de 11 quilômetros pela cidade todo domingo de noite para conseguir uma boa refeição por semana no templo Hare Krishna. Eu adorava. E muitas das coisas em que eu esbarrei por seguir minha curiosidade e intuição acabaram sendo valiosíssimas mais tarde. Deixe me dar um exemplo:
A Universidade Reed na época oferecia talvez o melhor curso de caligrafia no país. No campus, cada pôster, cada marca em cada desenho, era magnificamente feita à mão. Como eu havia abandonado e não precisava mais ir às aulas normais, eu decidi ir ao curso para aprender a fazer aquilo. Eu aprendi sobre fontes serif e san serif, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, tudo sobre como criar uma ótima caligrafia. Era lindo, histórico e artisticamente sutil duma maneira que a ciência não pode capturar, e eu achei fascinante.
Nada disto tinha sequer uma esperança de ter qualquer aplicação prática na minha vida. Mas dez anos depois, quando nós estávamos desenhando o primeiro Macintosh, eu lembrei de tudo. E nós desenhamos tudo dentro do Mac. Foi o primeiro computador com bela tipografia. Se eu nunca tivesse assistido àquele curso na faculdade, o Mac jamais teria múltiplas fontes ou fontes proporcionalmente espaçadas. E como o Windows copiou tudo do Mac, provavelmente nenhum computador teria. Se eu nunca tivesse abandonado a faculdade, eu jamais teria entrado na aula de caligrafia, e computadores não teriam a maravilhosa tipografia que eles possuem. Claro que era impossível ligar os pontos adiante quando eu estava na universidade. Mas ficou muito claro olhando pra trás dez anos depois.
Com efeito, você não consegue ligar os pontos olhando pra frente; você só consegue ligá-los olhando pra trás. Então você tem que confiar que os pontos se ligarão algum dia no futuro. Você tem que confiar em algo – seu instinto, destino, vida, carma, o que for. Esta abordagem nunca me desapontou, e fez toda diferença na minha vida.
Minha segunda história é sobre amor e perda.
Eu tive sorte – eu descobri o que gostava de fazer logo cedo na vida. Steve Wozniak e eu fundamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha vinte anos. Nós trabalhamos duro, e em dez anos a Apple cresceu de apenas nós dois numa garagem para uma companhia de 2 bilhões de dólares com mais de 4000 funcionários. Nós havíamos lançado nossa melhor criação – o Macintosh – um ano antes, e eu recém havia feito 30 anos. E então eu fui demitido. Como você pode ser demitido da companhia que você fundou? Bem, como a Apple cresceu nós contratamos alguém que eu pensei ser muito talentoso para administrar a empresa comigo, e durante o primeiro ano as coisas funcionaram. Mas então nossas visões do futuro começaram a divergir e eventualmente nós nos desentendemos. Quando isso aconteceu, nosso Conselho Diretor ficou do lado dele. Então, aos 30 anos eu estava fora. E de forma bem pública. O que havia sido o foco da minha vida adulta inteira havia acabado, e foi devastador.
Eu realmente não sabia o que fazer por alguns meses. Eu senti que eu havia desapontado a geração anterior de empreendedores – que eu tinha deixado cair o bastão que havia sido passado pra mim. Eu me encontrei com David Packard e Bob Noyce e tentei pedir desculpas por ter estragado tudo. Eu era um fracasso amplamente divulgado, e até mesmo pensei em fugir da Vale do Silício. Mas algo lentamente começou a se mostrar pra mim – eu ainda adorava o que fazia. Os eventos na Apple não mudaram isso nem um pouquinho. Eu havia sido rejeitado, mas ainda estava apaixonado. Então eu decidi começar de novo.
Eu não vi isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter me acontecido. O peso de ser bem-sucedido foi substituído pela leveza de ser um principiante novamente, menos seguro sobre tudo. Libertou-me para entrar em um dos períodos mais criativos da minha vida.
Durante os cinco anos seguintes, eu fundei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar, e me apaixonei por uma incrível mulher que se tornaria minha esposa. A Pixar criou o primeiro filme de desenho animado totalmente feito em computador, Toy Story, e agora é o estúdio de animação mais bem-sucedido do mundo. Em uma memorável seqüência de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei pra Apple, e a tecnologia que nós desenvolvemos na NeXT está no coração do recente renascimento da Apple. E Laurene e eu temos uma família maravilhosa juntos.
Tenho certeza que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple. Foi um remédio de péssimo gosto, mas eu acho que o paciente precisava. Às vezes a vida te acerta na cabeça com um tijolo. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me manteve em pé foi gostar do que eu fazia. Você tem que encontrar o que você gosta. E isso é verdade tanto para o seu trabalho quanto para seus companheiros. Seu trabalho vai ocupar uma grande parte da sua vida, e a única maneira de estar verdadeiramente satisfeito é fazendo aquilo que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um ótimo trabalho é fazendo o que você ama fazer. Se você ainda não encontrou, continue procurando. Não se contente. Assim como com as coisas do coração, você saberá quando encontrar. E, como qualquer ótimo relacionamento, fica melhor e melhor com o passar dos anos. Então continue procurando e você vai encontrar. Não se contente.
Minha terceira história é sobre morte.
Quando eu tinha 17 anos, eu li uma frase que era algo assim: “Se você vive cada dia como se fosse o último, algum dia você vai estar certo.” Ela causou uma impressão em mim, e desde então, pelos últimos 33 anos, eu tenho olhando no espelho toda manhã e perguntado a mim mesmo: “Se hoje fosse o último dia da minha vida, eu faria o que eu vou fazer hoje?” E sempre que a resposta tem sido “Não” por muitos dias seguidos, eu sei que eu preciso mudar alguma coisa.
Lembrar-me de que logo eu vou estar morto é a ferramenta mais importante que eu encontrei pra me ajudar a fazer grandes escolhas na vida. Porque quase tudo – todas as expectativas exteriores, todo o orgulho, todo o medo de passar vergonha ou falhar – todas essas coisas simplesmente ficam pequenas diante da morte, deixando apenas o que é realmente importante. Lembrando-se de que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço pra evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há motivo para não seguir seu coração.
Cerca de um ano atrás eu fui diagnosticado com câncer. Eu tive um exame às 7h30min da manhã, e ele claramente mostrou um tumor no meu pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas. Os médicos disseram-me que era quase que certamente um tipo incurável de câncer, e que eu não viveria mais que 3 ou 6 meses. Meu medico me aconselhou a ir pra casa e colocar meus assuntos em ordem, o que é o código médico para prepare-se para morrer. Isso significa tentar dizer pros seus filhos tudo o que você planejava dizer nos próximos dez anos em apenas alguns meses. Significa ter certeza que tudo está ajustado de maneira que seja o mais fácil possível para sua família. Significa dizer os seus adeuses.
Eu vivi com aquele diagnóstico durante o resto do dia. Mais tarde naquele mesmo dia eu fiz uma biópsia, onde eles enfiaram um endoscópio na minha goela, através do meu estomago e meus intestinos, colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha esposa, que estava lá, contou-me que quando os médicos viram as células debaixo de um microscópio, eles começaram a chorar, porque no fim das contas era um tipo muito raro de câncer pancreático que é curável através de cirurgia. Eu fiz a cirurgia e estou bem agora.
Isso foi a mais próximo que eu estive de encarar a morte, e espero que seja o mais próximo que eu chegue por mais algumas décadas. Tendo passado por isso, eu agora posso dizer isso pra vocês com um pouco mais de certeza do que quando a morte era apenas um conceito útil, mas puramente conceitual:
Ninguém quer morrer. Mesmo pessoas que querem ir pro céu não querem morrer pra chegar lá. E mesmo assim a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém jamais escapou. E é assim que tem que ser, porque a morte é provavelmente a melhor invenção da vida. É o agente causador de mudanças da vida. Ela elimina o velho para criar espaço pro novo. Agora o novo são vocês, mas não muito longe de agora, vocês gradualmente se tornarão o velho e serão eliminados. Sinto muito ser tão dramático, mas é a verdade.
Seu tempo é limitado, então não percam tempo vivendo a vida de outro. Não sejam aprisionados pelo dogma – que é viver com os resultados do pensamento de outras pessoas. Não deixe o barulho da opinião dos outros abafar sua voz interior. E mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e sua intuição. Eles de alguma forma já sabem o que você realmente quer se tornar. Tudo o mais é secundário.
Quando eu era novo, havia uma publicação incrível chamada The Whole Earth Catalog (O Catálogo Inteiro da Terra), que era uma das bíblias da minha geração. Ela foi criada por um sujeito chamado Stewart Brand não muito longe daqui em Menlo Park, e ele a trouxe à vida com seu toque poético. Era o final dos anos 60, antes dos computadores pessoais e seus editores de texto e impressoras, então ela era toda feita com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid. Era como um Google formato de papel de jornal, 35 anos antes do Google aparecer: era idealístico, e cheio de ferramentas legais e grandes conceitos.
Stewart e seu time publicaram varias edições do The Whole Earth Catalog, e quando chegou a hora, eles fizeram a edição final. Foi no meio dos anos setenta, e eu tinha a idade de vocês. Na contracapa da edição final havia uma fotografia de uma estrada de interior de manhã cedo, do tipo que você encontra trilhando se for aventureiro o suficiente. Nela estavam as palavras: “Permaneça faminto. Permaneça tolo.” Era a mensagem de adeus deles. Permaneça faminto. Permaneça tolo. E eu sempre desejei isso pra mim. E agora, que vocês se formaram, eu desejo isso pra vocês.
Permaneçam famintos. Permaneçam tolos".
Muito obrigado.

A felicidade que anda por aí ...



"Dizem que a vida é curta, mas não é verdade.
A vida é longa para quem consegue viver pequenas felicidades. E essa tal felicidade anda por aí, disfarçada, como uma criança tranqüila brincando de esconde-esconde.
Infelizmente às vezes não percebemos isso, e passamos a vida inteira colecionando nãos: a viagem que não fizemos, o presente que não demos, a festa que não fomos, o amor que não vivemos, o perfume que não sentimos.
A vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador, quando se é piloto e não passageiro, pássaro e não paisagem, cavaleiro e não montaria . E como ela é feita de instantes, não pode ser medida em anos ou meses, mas em minutos e segundos.

Essa mensagem é um tributo ao tempo. Tanto aquele tempo que você soube aproveitar no passado, quanto aquele tempo que você não vai desperdiçar no futuro.

Porque a vida é agora. Não tenha medo do futuro, apenas lute e se esforce ao máximo para que ele seja do jeito que você sempre desejou.

A morte não é a maior perda da vida. A maior perda é o que morre dentro de nós enquanto vivemos".

Dalai Lama



quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Missão divina no mar ...


Segunda ensolarada no Rio. Feriado de 7 de setembro. Praia vazia, fruto de um fim de semana de chuva, que não trouxe muita esperança aos cariocas. Aqueles que sairam de casa tiveram o privilégio de encontrar um céu azulado, temperatura agradável do inverno carioca, mar verde azulado ou azul esverdeado, não sei dizer ao certo. A verdade é que o dia estava lindo, um convite para um banho de sol.
Cheguei na barra por volta do 12:00, e decidi fazer um stand-up paddle. Separei a prancha de quase 10 pés (ou quase 3 metros) e o remo para uma travessia até as ilhas tijucas. Apesar da previsão de vento, o mar estava liso, condição perfeita para a remada.
Rumo ao mar, remei por quase 30 minutos, quando na metade do caminho, senti uma rajada de vento mais forte, que me desencorajou a seguir adiante. Se a previsão de vento se confirmasse, seria mais difícil voltar da ilha, ainda mais considerando que estava sozinho nesta travessia. Meia-volta, decidi aproar para a praia e aproveitei para curtir um pouco daquele visual maravilhoso.
Já na chegada próxima a arrebentação, vi 2 pessoas mais para dentro do mar, ainda na arrebentação. Com os braços levantados, e alguma dificuldade para nadar, pareciam pedir ajuda. Ainda longe, conjugando minha miopia com o reflexo do sol, por alguns instantes tive dúvida se realmente precisavam de ajuda. Mas o corpo deles não parecia boiar e sim afundar cada vez mais rapidamente. Algumas pessoas de pé na areia acompanhavam a cena. Não tive mais dúvidas, e rapidamente comecei a remada até eles.
Em poucos minutos cheguei primeiramente até a menina. Coloquei-a na prancha e certifiquei de que estava bem, fora o susto. Com os olhos esbugalhados e visivelmente cansada pedi que esperasse na prancha, e resolvi nadar até o rapaz. Mais algumas braçadas até ele, que estava próximo a arrebentação da série de ondas.
Quando cheguei, ele já estava quase afundando, e rapidamente puxei ele de volta a superfície para que retomasse ar. Depois de cospir bastante água, pedi que ele segurasse em meu ombro e voltei nadando até a prancha, fora da arrebentação, no outside.
Coloquei os 2 na parte de trás do stand-up e, depois de poucas palavras, comecei a remada para a areia. O mar não estava dos maiores (série de 1 a 1,5 metros), mas estávamos dentro de um canal que formava forte correnteza para alto-mar. Além disso, havia um banco de areia próximo a praia, que tornava as ondas mais cavadas, com mais força e pressão, difíceis de surfar.
Remei por alguns minutos e pedi ajuda deles para que ajudassem batendo o pé. Rebocar 2 pessoas no stand-up num mar com correnteza não foi tarefa das mais fáceis. Os 2 estavam visivelmente cansados e ainda esboçavam medo daquela situação. Ao aproximar da praia, percebi que teríamos uma dificuldade de descer as ondas e comecei a recomendação: "vamos tentar descer as ondas, segurem firme e não larguem a prancha sob hipótese alguma!". Lá veio a esperada.
O rapaz seguiu direitinho a orientação, apesar de rolar na onda, em poucos segundos estava no banco de areia na parte rasa. A menina caiu da prancha junto comigo. Percebi que ela começava a entrar em desespero, depois de alguns ondas na cabeça. Levantei novamente ela para respirar e tomar ar, e pedi que agarrasse meu ombro. Comecei a nadar até a praia e aproveitei o embalo de mais uma onda. Aos poucos chegamos na areia.
O rapaz, já fora da água deitou na areia claramente retomando as energias do grande susto. A menina ainda de olhos esbugalhados começou a chorar. Sua amiga na areia agradeceu e curiosamente vi um salva-vidas que me esperava sair da água e perguntou : "Seus amigos ? Passou um susto heim". Sinceramente, não entendi e fiquei perplexo com a pergunta.
As poucas pessoas na praia, de pé, me cumprimentaram e ensaiaram críticas ao salva-vidas. Na sequência, o rapaz veio me agradecer e disse: "obrigado, deus te mandou até mim, não sei nem como agradecer". Disse que não era necessário, mas que tomasse cuidado, o mar estava traiçoeiro.
Algumas poucas palavras trocadas e ali terminava nossa história.

Sem dúvida a sensação de quase afogamento no mar deveria ser marcante, mas a sensação de salvar a vida de uma pessoa também mexe com nossa cabeça. Depois do susto, pensei no significado daquilo tudo. Acredito que nosso dia-a-dia recebemos a cada instante mensagens espirituais, algumas que passam quase despercebidas, outras mensagens mais fortes.
A mensagem de afogamento na minha visão se assemelha muito ao momento do nascimento, em função da água, do choro, e do susto (neste caso, praticamente um renascimento). E para mim, aquela mensagem mais parecia uma missão divina. Certamente, eles esquecerão do meu rosto, mas jamais esquecerão daquele momento. E eu também.

Despedimos sem que ele soubesse meu nome ou que eu soubesse o deles. Tudo muito rápido, mas muito intenso.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Contrastes ...





Domingo, dia 30 de agosto de 2009. Quase 11:00 da manhã, na praia rasa, em búzios. A foto de cima mostra o "escritório" do Beto. O instrutor de kite e novo amigo que conheci neste dia. Um escritório improvisado no meio de uma praia praticamente deserta, mas com muito vento. Meu primeiro contato foi com sua esposa, Joad, uma menina simpática assim como Beto. Enquanto ele velejava de kite com seu pranchão, e aproveitava um pouco do vento que soprava, ela me ofereceu a estrutura do "clube" para eu utilizar, com barraca, cadeira ...

Resolvi encher o kite e me juntar ao Beto naquela manhã ensolarada tão especial. Ao encher o kite descobri uma das boias furadas, mas foi quando a Joad disse que chamaria o Beto para resolver o assunto. Insisti que não era necessário interromper seu velejo, quando ela disse: "que nada, ele não está fazendo nada demais mesmo".

Com a mesma simpatia, conheci o Beto, um sujeito tranquilo que parecia ter parado o seu relógio no tempo. Além da calma e tranquilidade relevadas na sua voz mansa, seu semblante não escondia a tranquilidade da vida que ele levava. Em poucos minutos de conversa, me confidenciou sua alegria de ter como profissão a sua paixão. Há 8 anos, vivia do esporte e sustentava 3 filhos. Em pouco tempo, me ajudou a trocar as boias do kite, enchemos a pipa e parti para o velejo. Um dia clásssico: céu azul, praia deserta, mar verde e algumas pequenas ondas que serviam como rampa para ensaiar alguns pequenos saltos (ainda o medo do joelho falhar) ...

Algumas horas depois, já com a "cabeça-feita", guardei o equipamento e me despedi do Beto e Joad. Pouco contato, mas a sensação de realização de fazer kite em um lugar tão especial. Mais uma vez agradeci a atenção sincera dos 2, com uma despedida não diferente da recepção que eu tive na minha chegada.


08 da manhã de segunda-feira. Dia 31 de agosto, meu avião acabava de pousar em São Paulo. De volta a rotina de trabalho semanal. Antes do avião estacionar por completo, as pessoas já levantaram se amontoandas pelo corredor do avião. A maioria de gravata, parecia mesmo um grande rebanho desorganizado. As pessoas apertadas num corredor curto, antes mesmo da porta abrir, do avião estacionar por completo e com as cadeiras vazias. "Pra que a pressa ?", pensei e me mantive sentado no mesmo lugar. talvez ninguém soubesse explicar ... Esperei todos saírem e calmamente me dirigi para a esteira de restituição das bagagens.

A verdade é que São Paulo já funciona assim. As pessoas correm de um lado para o outro, mas parece não terem mesmo um sentido para tal. Na fila para o taxi, mais de 50 pessoas esperando pacientemente o taxi. Entrei no taxi, após algum tempo de espera, uma discussão do motorista com um motoqueiro ... Não podemos negar a organização da cidade, mas a cidade parece uma panela de pressão prestes a explodir a qualquer momento.

É claro que toda vida, seja mais simples ou seja mais luxuosa, tem suas concessões. Mas na minha opinião, o verdadeiro "luxo" tem a ver em estar com sua família, interagir com a natureza, viver as noites e dias, "ser" mais do que "ter" ...

Parabéns Beto ! Pelo padrão de atendimento, respeito, educação que muitas empresas maiores não tem.

Parabéns por fazer o que ama e amar o que faz, e assim sustentar seus 3 filhos. Esse é sem dúvida o segredo de uma vida mais intensa, mais verdadeira, mais saudável e duradoura.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

É preciso saber viver ...


Essa foto é o visual que temos da travessia de stand-up da barra atés as ilhas tijucas ... demais !

A seguir, sábias palavras do Pedro Bial na ocasião do velório do Bussunda, que fazem refletir o sentido de tudo e a maneira como levamos nossos dias.

"Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos.

Parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada.Estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena.Mas nada acontecia ali de risível, era só dor e perplexidade, que é mesmo o que a morte causa em todos os que ficam.

A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro: a morte, por si só, é uma piada pronta. Morrer é ridículo.Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário,tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório,colocar gasolina no carro e no meio da tarde morre. Como assim?

E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente?Não sei de onde tiraram esta idéia: morrer. A troco?

Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve lá,fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu.Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente.

De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis.Qual é? Morrer é um chiste.Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.

Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides,sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.
Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu. Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talveznão conclua o que pretende dizer. Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã.

Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito. Isso é para ser levado a sério?Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo.Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok,hora de descansar em paz.

Mas antes de viver tudo, antes de viver até a rapa? Não se faz.Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas.

Só que esta não tem graça.

Por isso, perdoe sempre. Perdoe".

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Salve, mestre Zé Ramalho ! Música que está enlouquecendo Brasília ...

Salve, mestre Zé Ramalho, excelente protesto em forma de forró ! Muito apropriado para os últimos acontecimentos em relação ao "senador" Sarney. Realmente o governo Lula é uma piada, uma vergonha para todos nós. Essa música resgata um pouco da nossa dignidade, vamos divulgar.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Saudoso Pepe ... onde tudo começou.

Interessante vídeo do final da década de 80 e início dos anos 90 ... O cara que começou o vôo-livre no Brasil e colocou nosso país em evidência mundial com um título em uma época onde voar era realmente perigoso. Quem conheceu o cara, realmente diz muito bem do seu jeito zen e sereno. Um piloto que realmente voava pelo instinto, numa época onde não tinha previsão de meteorologia pela internet, equipamentos de variômetro, GPS e outros ... Mais do que merecido um pedacinho da praia com o seu nome. Voe alto pelas nuvens, Pepe, ao lado de outros amigos muito queridos, como LP, Borzino, Alexis, Dan, Parafina, Waltinho.
Amém.

domingo, 16 de agosto de 2009

Viajando de trike de Atibaia a Ubatuba ...

Simplesmente demais ! Viagem de Trike (asa-delta motorizada) decolando de atibaia e voando por cima de ubatuba. Tem meio de transporte melhor ? Demais o vídeo, especialmente a cor do mar com os golfinhos pulando e a sombra do trike na água. Sempre achei que Ubatuba foi um erro da cartografia, deveria ficar mesmo no estado do Rio ... ;-)



Plásticos 2 ...

Mais um vídeo sobre o impressionante e maléfico mundo dos plásticos ...

Plásticos ... Precisamos evitá-los.

Matéria muito bem produzida pelo Fantástico sobre o efeito dos plásticos na nossa vida. Existe uma "ilha" de sujeira entre a Califórnia e o Havaí, com um tamanho maior do que São Paulo. Como consequência, desequilíbrio no ecossistema e em nossas vidas (indiretamente acabamos comendo o plástico através da ingestão dos alimentos marinhos ). Países na Europa adotaram como prática a venda de sacolas plásticas em supermercado, reduzindo de maneira eficiente sua produção. Enquanto os governantes no Brasil não o fazem, vamos fazer nossa parte: evitem sacolas plásticas no supermercados e dê preferência às sacolas ecológicas, mais práticas e menos agressoras ao ambiente por menos de R$ 5,00.

Contagem regressiva ...

2 alegrias interrompidas ... Mas falta pouco.

Amanhã é o dia D e talvez minha liberação para retorno a todos os esportes.

Sandboard, parapente ou kite ?

Vídeo de um festival de parapente que acontece anualmente na França, em Dune du Pyla, chamado de Wagas Festival.

Um lugar mágico com um dos melhores pilotos de acro do mundo, Charly Picolo. Uma mistura de sandboard com parapente e kite. Uma boa brincadeira pra quem mora do lado das dunas. Simplesmente demais !

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Gripe Suína ...

Imagem que anda circulando pela internet ...
A que ponto chegou o medo da gripe suína ...

O Homem Invisível

Ao subir a escada da empresa, uma cena me tomou particularmente a atenção: havia um homem sentado no corredor que passava praticamente despercebido aos olhos da maioria. Enquanto vários funcionários subiam ou desciam a mesma escada, entravam e saiam das salas de reuniões, as pessoas ignoravam a presença do segurança.

O desprezo era tamanho que o homem parecia estar incorporado ao ambiente. Quase um homem invisível, pensei. Ao passar por ele, disse "bom dia, tudo bem !?". Um sorriso se abriu no rosto fechado e retribuiu com a mesma intensidade: "tudo ótimo, bom trabalho".

Depois disso, reparei como existem outros "homens e mulheres invisíveis" pela empresa e também ao longo do nosso dia-a-dia: crianças no sinal, caixas do supermercado que na maioria das vezes nem lembramos de seus rostos e tantos outros.

Para agravar meu desespero, estão instalando no meu prédio um aparato típico dos edifícios de São Paulo. Pensei que meu prédio estaria imune, mas não durou muito tempo. Trata-se de praticamente uma jaula, onde para entrar no prédio, vc precisa ficar "preso" em 2 portões antes do porteiro liberar sua presença. Se já existia pouca interação no condomínio, parece que haverá menos ainda.

Nos acostumamos com tanta coisa, mas não devíamos.

Precisamos cuidar dos outros para que também não nos tornemos mais um "homem invisível".

Ps. tirei esta foto do celular, quando dirigia pela Santo Amaro. Interessante o ambulante politizado, que colocou a seguinte frase escrita em seus carregamentos: "é só uma marola ?". Quem sabe, com esta frase, ele deixe de ser mais um "homem invisível" para aqueles que passam ...

Transformar é preciso ... Efeito Borboleta

Recebi o desenho abaixo, feito a própria mão, e gostei bastante. Além de expressar admiração e homenagem a esta artista muito especial, borboleta tem a ver com transformação, e achei apropriado ao texto.



Esta história é figurinha conhecida, mas não custa repeti-la.

"Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo. Um homem sentou-se e passou a observar a borboleta que, por várias horas, se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.

Então, em certo momento, pareceu que ela parou de fazer qualquer progresso, parecia que ela tinha ido o mais longe que podia e não conseguia mais continuar nessa sua missão de deixar o seu casulo.

Então o homem deciciu ajudar a borboleta. Ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo.

A borboleta então saiu facilmente, mas seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas, atrofiadas.

O homem então continuou a observar porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo, que iria se afirmar a tempo.

Nada aconteceu. Na verdade, a borboleta passou o resto de seus dias rastejando com um corpo murcho e as asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar.

O que o homem, em sua gentileza, em sua vontade de ajudar, não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço necessário para a borboleta passar através de sua pequena abertura, era o modo com que a natureza agia para que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de modo que ela estaria pronta para voar, uma vez que estivesse livre do casulo."

Moral da história: cada um deve quebrar seu próprio casulo. Os obstáculos fazem parte do processo de crescimento, aprendizado e evolução. Para lançar vôo é preciso desprender esforço, energia vital. A ciência já comprovou (com a experiência da história de cima e outras) a importância de um mínimo de stress (saudável) como forma de alto desempenho. Ela compara 2 tipos de stress: eustress e distress. O primeiro é um stress saudável, o mínimo recomendado para te movimentar e impulsionar adiante. O segundo é um stress exagerado, o stress ruim, em excesso (distress), que gera uma adrenalina ruim e cortisol. O stress em demasia faz mal, mas a ausência dele também é prejudicial. Por isso, devemos cultivar sempre o eustress que garante os padrões mínimos para a atividade humana, assim como o stress saudável da borboleta necessário para a abertura do casulo.

Bom vôo a todos e quebrem seu próprio casulo !

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Dia internacional da insatisfação do cliente



Hoje estava participando de um grande evento da indústria em que trabalho. Tudo ia muito bem e de repente tive uma visão estranha. Uma sensação de deja-vu esquisita, como se já tivesse vivido aquilo. Lembrei que todos os anos acontecia o evento, pensei. Mas lembrei também do símbolo máximo que aquilo tudo representava: frase feitas e gente que parecia muito importante com uma gravata pendurada no pescoço. Tirando o propósito (muito bem explorado por sinal) de reunir todo o setor, além de discutir tendências e desafios da indústria, o estereótipo parecia um grande circo bem organizado. Isso me trouxe uma reflexão maior de qual o sentido disso tudo.

Todos os dias pareciam iguais. As pessoas correndo de um lado para o outro. Prazos e prioridades. A pressa para cumprir a agenda das reuniões que não se revela na mesma pressa para beber água ou escovar os dentes. Cuidamos da empresa, mas não cuidamos de nós mesmos nem de nossas famílias. Negligenciamos a saúde em almoços de 15 minutos, engolindo sanduiches fast-food em prol de salários, bônus e status.

A fila para o taxi em congonhas parece uma grande rebanho ordenado pela chegada de cada carro. O elevador cheio onde um olhar nos olhos parece quase proibido. Melhor olhar para o chão, relógio, celular, teto ou acompanhar a marcação dos andares. Tudo com muita organização, mas com muito pouco sentido. Em uns, a gravata apertando o pescoço parece sufocar na garganta palavras tão curtas mas tão grandiosas, como "bom dia", "obrigado", "por favor". Aqueles que esboçam um gesto de maior intimidade e lançam um singelo "como vai?", ficam sem respostas. A pressa do dia-a-dia que engole nossa educação, elimina a sensibilidade às diferenças sociais e ignora qualquer emoção alheia, seja de dor ou alegria.

Seria injusto não reconhecer os prazeres que vida corporativa proporciona a executivos de grande indústrias, como viagens, restaurantes caros no fim de semana com a família, apartamentos e carros luxuosos, escolas de primeira linhas aos filhos e outros. Mas a verdade é que vivemos em uma referência circular que parece mesmo não fazer sentido. Buscamos dinheiro, mas temos pouco tempo para gasta-lo. Acumulamos fortuna, mas perdemos espiritualidade. Tudo em prol da eterna satisfação do cliente. Mas esquecemos que este mesmo cliente é feito de carne e osso. Este mesmo cliente somos nós próprios !

Quando vamos a um restaurante, vemos o garçom atordoado, correndo de um lado para outro, apressado em anotar o nosso pedido e ao mesmo tempo servir a mesa ao lado. Mas ignoramos a sua pressa, pois também temos a mesma pressa em almoçar para seguir a agenda de reuniões do dia. Quando pedimos uma pizza, o entregador tem menos de 30 minutos para entregá-la. Tudo gira em torno da satisfação do cliente.

Deveríamos instituir, pelo menos 1 vez ao ano, um novo feriado. Um feriado para cuidarmos da nossa família. Para cuidar da nossa alma, da nossa saúde, do nosso bem estar. O dia internacional da insatisfação do cliente. Um dia em que seria proibido se cobrar normas de atendimento. Um dia onde seria proibido multas do Procon. O vendedor de picolé na praia ficaria bebendo cerveja debaixo da barraca. O vendedor de cerveja por sua vez não estaria se preocupando em colocar gelo no isopor para saber se a cerveja está quente ou fria. O motorista de ônibus só iria fazer os trajetos desejados, se tivesse transito, ele iria tomar um café até o trânsito passar. O vendedor de coco só venderia o coco fechado, mas não teria a preocupação de abrir. O vendedor de biscoito globo só teria mate-leão. Um dia onde cada um iria cuidar de si, dos seus próprios interesses e de sua família.

Antes de julgarmos duramente um serviço, devemos lembrar da ironia da inversão de papéis que acontece em qualquer ecossistema econômico: em algum momento o nosso fornecedor será também nosso exigente cliente ... E quanto mais engessado julgarmos, mais severamente seremos avaliados.

Namastê, meus amigos.

E viva o dia internacional da insatisfação do cliente ! Eu já anotei na minha agenda !

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O aloha havaiano


Os havaianos dizem que Aloha não pode ser explicado. Para que você entenda o real significa disso que não é apenas uma palavra, é necessário sentir o Aloha.



No dicionário, Aloha tem dois significados principais. O primeiro define Aloha como um cumprimento. Ou seja, você pode dizer Aloha quando for falar ‘oi’ ou ‘tchau’. O segundo define Aloha como o verbo amar, adorar, e o substantivo amado, adorado. Ou seja, a palavra é usada sempre que se desejar expressar o amor.

Mais do que uma simples palavra, o Aloha é uma maneira de se viver o “Aloha Spirit”. Esse é um dos ensinamentos da cultura havaiana. As palavras em havaiano tem ‘mana’, que é uma influência espiritual.

A palavra Aloha vem de uma derivação de
A -AKAHAI, significa bondade,
L -LOKAHI, significa unidade,
O - OLU`OLU, significa agradável,
H - HA`AHA`A, significa humildade,
A - AHONUI, significa paciência.

O interessante é que o “Aloha Spirit” é tão importante que é uma lei, o “Aloha Spirit Law”.

No estatuto havaiano seção 5-7.5 a lei é reconhecida como a filosofia dos havaianos nativos. Então, da próxima vez que você disser Aloha, somente diga se realmente desejar tudo isso que a palavra significa.

As fotos a seguir são de uma havaiano, ex-surfista profissional, que hoje se dedica a fotografar a magia das ondas em uma camera que registra muitas fotos em apenas 1 segundo. Tive o privilégio de conhece-lo pessoalmente em um evento de Surf que aconteceu há 1 mês ... Abaixo uma pequena mostra de sua obra de arte.

ALOHA !





Robbie Madisons - Recorde Mundial de Salto

Incrível este vídeo ... O recorde do maior salto realizado em 03/jan/2009 pelo Robbie Madisons nos arcos do Triunfo. Esse cara já quebrou vários outros recordes, mas este vídeo realmente é incrível, e mostra a capacidade do ser humano de superação. Vale dizer que o "garoto" do vídeo apenas quebrou a mão. Ps. não tentem fazer ou repetir isso em suas casa ! ;-)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A ajuda que vem do Céu ... XCeará.


Tá chegando ... De 21 a 29 de novembro, Ceará será palco da maior competição de parapente do mundo: o XCeará. Os melhores pilotos do mundo (50 no máximo por questões de logística de resgate e segurança) reunidos em Quixadá em busca da quebra de recorde mundial. Uma tradição que já se repete há mais de 10 anos, e em 2007, colocou o Brasil em destaque através do vôo de 461 Km. Isto mesmo, 3 pilotos brasileiros muito experientes e de incrível humildade - Cecéu, Frank e Rafa - quebraram o recorde mundial de parapente. Decolaram por volta de 07:30 da manhã de Quixadá-CE, cruzaram o Piauí e pousaram no Maranhão, por volta de 17:30, com 461 km percorridos em um único vôo de parapente, sem motor. Apenas aproveitando as térmicas do dia e fortes ventos do sertão.
O melhor vôo do mundo, com as melhores e mais extremas condições do planeta. "Surf de onda grande", como definiram analogamente. Para voar em Quixadá, tudo é muito grande e no limite: decolagem com rajadas de mais de 50km/h, térmicas fortes, pouso complicado.
A decolagem é um momento realmente crítico: enquanto 5 meninos seguram juntos o parapente aberto evitando que o piloto seja arrastado com as fortes rajadas, um experiente piloto local observa os sinais da natureza. Quando as árvores e o açude localizado na frente do pouso páram de balançar, significa que o vento vai dar uma diminuída. Nesta "breve respirada do vento", é o momento de decolar. "Pode decolar !", grita o piloto de apoio, numa rápida janela que algumas vezes não dura mais de 15 segundos.
O pouso antes das 15h também é crítico: térmicas que te levantam subitamente próximo ao chão comprometendo seu plano de pouso, e vento tão forte que às vezes faz você voar para trás.
Pra voar no Sertão não pode ter frescura: as caminhadas algumas vezes são longas após o pouso, debaixo de sol forte, ar seco, muita terra. As caronas algumas vezes são de jegue, moto ou quando mais luxuosas na boléia do caminhão de algum generoso motorista.
Por outro lado, uma comunidade extremamente acolhedora. Muitas histórias de gente diferente que subitamente cruza o seu caminho. Um encontro rápido, nem por isso menos enriquecedor ou intenso. Gente simples, mas com enorme riqueza espiritual. Gente de verdade, de carne e osso. Que não se importa com sua origem, com o cargo que você ocupa, com sua conta no banco ou com qual é o tamanho da sua TV de Plasma. Gente simples, mas de verdade e por inteiro.

Minha primeira experiência em Quixadá (em 2010 gostaria de ir novamente!) , foi em 2007. Um ano especial, o ano do recorde, com pilotos muito experientes de todos os continentes do planeta e uma condição extremamente especial. Além de treinar inglês e espanhol, fiz alguns bons vôos de 40 Km e pouco mais de 100 km ... mas nada demais para o sertão. Primeira vez naquela rampa, por isso estava muito conservador em relação a um vôo tão forte (se é que existe conservador em quixadá).
Entretanto, além do vôo, o que mais me chamou a atenção foi a interação com a comunidade local. Em função dos fortes ventos do sertão, era necessário voar com lastro (peso) para tornar a vela mais estável. Mas ao invés de utilizarmos água ou areia como o lastro, substituímos por alimentos como arroz, feijão, milho (fotos abaixo). Assim ao pousar pelo sertão do lado das casas, distribuímos os alimentos para os moradores da região. Além de voar no campeonato, um serviço social e tanto. Realização em dose dupla: um vôo incomparável e um imenso sorriso sincero após o pouso de gente muito grata pela doação do alimento.
Confesso que algumas dessas experiências provocaram pra mim uma intensa reflexão. Em um dos vôos, pousei do lado de uma casa muito simples, pensei que estivesse até abandonada. De repente saiu um homem, já velhinho, com a perna imobilizada com alguns parafusos e placas externas expostas, e apoiado em um cabo de vassoura (sua bengala improvisada). Trocamos algumas frase, e eu disfarçando todo aquele aparato tecnológico (rádio de comunicação, câmera fotográfica etc). Confesso que me senti mal, envergonhado com tanta desigualdade que gritava na frente dos meus olhos. Perguntei sobre seu acidente, e ele me confidenciou que não tinha dinheiro para remédios ou tratamento (o atendimento público demoraria alguns meses para a próxima consulta). Separei a única nota que tinha de R$ 50 e dei para ele, que quase não acreditou. Na despedida, o coração bateu mais forte e acabei deixando também um boné e o casaco que eu usava em vôo (no sertão, a noite, faz frio).
Na caminhada para a rodovia mais próxima, já sem dinheiro, pensei em como eu faria para comprar uma água ou pagar um resgate até a pousada. Felizmente, a natureza me retribuiu a gentileza, e um motoqueiro (confesso que foi tão rápido que nem vi de que lado ele veio) parou e me ofereceu carona. Com a dificuldade de equilibrar o parapente na moto, ainda paramos na casa de um do seus amigos para tomar uma água. Obrigado ao amigo que nem sequer sabia meu nome. Mas que ofereceu uma ajuda que muita gente da cidade grande, mais instruída e com pós-graduação nas melhores faculdades, não faria. Tem uma frase que diz: "o valor das coisas não está no tempo que ela duram , mas na intensidade com que acontecem. Por isso ,existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".
Já de noite, na pousada, ao contar a história para o amigo e piloto Peixe, ele brincou para que eu não levasse muitas roupas sob o risco de voltar pelado com um coração tão mole. Valeu a pena a realização de contribuir um pouco.
Outras boas amizades e lembranças foram com Elder, Direi, Sidirlei, Wagner e outros. Os meninos de juatama que tanto ajudavam na decolagem, não só tecnicamente, mas emocionalmente a dominar o medo. Cadastrei o primeiro email deles para que pudessem se comunicar com os pilotos de toda parte do mundo. Felizmente até hoje nos comunicamos. Em dezembro, recebi uma ligação muito especial deles para desejar um feliz natal, através de fila que fizeram no orelhão. Como eles queriam aprender a voar, e eu estava trocando de vela, resolvi presentea-los com meu equipamento completo (vela, seleta, reserva etc). Um instrutor local se disponibilizou a ajudá-los e hoje eles já estão voando em Quixadá. Meninos da juatama, uma estória muito bonita de superação.
Praticamente não tirei muitas fotos em vôo (um pouco de medo de largar os comandos do parapente nestas condições), mas não economizei flash para registrar estes novos amigos.

Parabéns ao Chico Santos, organizador deste evento tão nobre e reconhecido internacionalmente em terras tupiniquim.

Ps. o Xceará deste ano ainda está sem patrocínio. É uma excelente oportunidade para empresas de Telecomunicações, em especial celulares ou fabricantes. Um rally dos sertão diferente, que se faz voando e onde a presença de um GPS, celular e outras tecnologias são recursos obrigatórios. Pouco investimento para um excelente retorno de visibilidade a marca ! Recomendo.